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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Um beijo, um lugar...Um túmulo profanado.
Pelo cemitério em brumas, ele partia.
Ela vestida de amor, mistério e pecado,
Invadia o sonho daquele que dormia.
Ele, alma nostálgica, sabor do passado,
E que orvalhava triste sobre a campa fria
Não esperava o fantasma ressuscitado
Amar-lhe nas trevas em doce melancolia
Quando seu sangue ardente percorreu-lhe o peito
Junto às sombras nupciais naquele leito,
Uma epopéia tenebrosa ali fluía
E ao fim desse maneirismo que a luz encerra,
Ela retornava ao seu leito sob a terra,
Ele de afãs crepusculares só morria...
EJCF
Me perco no silêncio
Desse mundo que criei
Lutando pra me refazer da dor
Tentando esquecer o passado
Mas abro meus olhos
E vejo que a dor ainda esta aqui
Até onde tento me esconder
É ela quem me faz companhia
Esta presente nos meus olhos
Presente em minhas lagrimas
E ate em meu silencio


Hoje é mais um daqueles dias
Em que sinto uma sede imensa
Sede de sangue
Sede de vingança
Hoje é o dia em que me sinto forte
O suficiente pra me vingar
Pra recuperar tudo que é meu
Hoje é um daqueles dias
Que me fazem esquecer a dor
E ser capaz de matar
De enfrentar o medo
Hoje é o ultimo dia
Que você vai poder sonhar
A ultima vez que verá a luz!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Levanto-me para ver o sol,
Mas este já não me ilumina mais.
As trevas me cercaram
E taparam o sol ao meu redor.
Não posso ver nada alem da escuridão.
Nada alem das sombras que me envolvem.
Pudera eu escapar dessa maldição!
Voltar a ver a luz!
Mas nada do que eu faça
Muda o meu destino.
Maldita profecia que roubou a minha vida!
Que me lançou no reino das trevas.
Quão grande foi meu pecado
Que me resultou nesta maldição.
Da qual só serei liberta
Pelo brilho mais forte que do sol.
Torno-me a sentar...
E espero que o brilho de seus olhos
Venha me salvar.
Espero seu perdão e que voltes a me amar!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Sinto algo estranho dentro de mim.
Uma angustia. Um nó na garganta,
Como se um veneno mortal
Acabasse de passar por ela. Sinto ânsias.
Sinto em minhas veias correr um veneno
Se misturando ao meu sangue e
Aniquilando minha vida.
Sinto o gosto amargo na minha boca,
E meus olhos embaçados, uma dormência no corpo e...
Uma dor forte que me sufoca até a morte.
...
Alguns segundos se passaram e
Já não sinto mais a dor.
Já não sinto mais nada...


Vejo tudo passar perante meus olhos.
Vejo o tempo correr, sem ter aonde chegar.
Vejo a vida passar sem sair do lugar.
Vejo dias que vem e que vão.
Vejo vidas que lutam por pão.
Vejo gente morrer, vejo gente nascer.
Vejo a sorte de alguns, o azar dos outros.
Vejo amores, vejo guerras e dores.
Vejo a alegria de quem não tem bens,
Vejo tristeza nos olhos de quem os tem.
Vejo no nascer do sol um novo dia,
E no decorrer dele a mesmice da vida.
Vejo que o ser humano sempre quer mais.
Vejo na vontade de viver o desperdiço da vida
E tudo que vejo são reflexos da minha alma vazia.

Sonhos...
Que são essas imagens?
Será que são...Vontades?
Serão cenas da nossa memória...
Lembranças, talvez?
Será que são...Desejos?
Sentimentos que queremos tornar reais?
Realmente, não sei o que são os sonhos.
Sei somente que eles invadem nossas almas,
Tornando-as felizes
Nos afastando da realidade.
E quando acordamos...
Eles não são nada.
São simplesmente sonhos.

domingo, 12 de outubro de 2008



A noite traz de volta a minha memória
A lembrança de nossa última despedida.
O dia em que te entreguei meu coração
Na forma de uma rosa,
Vermelha como sangue que manchou minhas mãos.
Com os olhos fechados lembro-me
Daquela imagem maldita
Que perturba minha mente.
A rosa sobre o túmulo
E a chuva fina que hoje esta na minha alma
Regando minha culpa.
Torno ao local da despedida,
Vejo a poeira de uma rosa.
Recordo do momento
Que te entreguei o meu coração,
Cheio de amor, cheio de dor...
Tarde demais...

Drica

Quem dera ter tido sonhos
Ter vivido
Ter amado.
Quem dera ser como os anjos
Poder voar
Poder sonhar.
Quem dera ter tido planos
Saber lutar
Poder vencer.
Pudera voltar os anos
E não morrer
Sem ter você!
Drica

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Nem eu mesma sei quem sou.
Uma alma perdida num mundo de ilusões.
Um objeto da dor e da solidão.
Sinto falta da menina que antes havia em mim,
Sonhadora e alegre.
Foi vencida pela dor.
À medida que o tempo passa,
Transformo-me,
No ser mais inútil da terra.
Deixo pra traz o sentimento.
Ganho sabedoria.
Entendo que no final seremos todos nada.
O sofrimento,
Consumiu a minha mente.
E a dor me degrada a todo instante.
Nem mesmo a luz do sol me ilumina,
Apenas me avisa a todas as manhãs,
Que sou a mais insignificante,
Das almas que habitam esse planeta.
O tempo começa a se fechar,
E o vento forte a gelar meu coração.
Cada gota dessa chuva inesperada
Corre como sangue em meu corpo.
A tempestade dentro da minha alma
Destrói-me,
Deixando estragos que jamais serão recuperados.
Retorno ao nada.Ainda sem saber quem sou.
A alma deixa um corpo, e...
Inicia-se um ritual.
A preparação de um corpo.
A aceitação de uma morte.
Após o último suspiro.
Um corpo lavado em sinal de purificação,
De uma vida de pecados.
Em seu mais novo leito, um corpo deitado.
Descanso?Quem sabe?
Talvez um novo começo...
Uma nova tormenta!
Para aquecer um corpo gélido,
Um cobertor de flores.
Vidas que celebram uma morte.
Silêncio.
À vela que se queima.
A musica que ecoa fúnebre.
A noite que passa.
Já se pode ouvir os passos
Daqueles que vem o corpo buscar.
Num ritual ensaiado.
Olhos perdidos em meio às lágrimas.
Lentamente fecha-se o caixão.
Nos olhares atentos,
Percebesse a tristeza.
Um corpo acaba de se despedir
Da luz que jamais tornara a ver.
Uma procissão atravessa a cidade
Silêncio, lágrimas e lembranças.
E por fim...
A terra!
Seu novo lar...
O lar que a morte reservou para todos.
A solidão!
O nada!