O divino me põe a escrever
Severo me julga por prazer
Faz-me reconhecer o pecado
Provar o amargo do fel
Diante da criatura
Que despreza meu pobre ser
Rezo e me confesso
Sedenta de seu prazer
No sinal da cruz me despeço
Viro-me e desejo regresso
Até sentir suas mãos me tocarem
Num súbito e gélido prazer
O pecado não me foi perdoado
Mas rendida estou ao prazer
Do ser divino e cruel
Que é dono de todo meu ser.