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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ama-me esta noite
Como na noite passada
Entregue-te a mim
Como me entreguei a ti
Toma-me em teus braços
E faça com que eu perca as forças
Quero que me sintas
Sintas o pulsar de meu coração
Ofegante, eu descanse ao seu lado
E por toda a eternidade
Ouças o sussurrar da minha voz
Chamando pelo teu nome
Que seja eterna a união de nossos corpos
O entrelaçar de nossas almas
Sinta meus lábios nos seus
E entregue-se ao desejo de amar-me
Sinta minhas mãos percorrendo seu corpo
E aquecendo-o
Sinta seu sangue ferver junto ao meu
E ama-me intensamente
Pra que morramos juntos hoje
Mas morramos de amor.



Tens-me buscado nas sombras
Mas seus olhos não me encontram
Busca-me entre os mortais
Mas suas buscas não adiantam
Seus pés correm caminhos distantes
E você nunca me encontra
Será que não percebe minha presença?
Será que não me sentes?
Eu estou ao seu lado
Mas as sombras onde me buscas
Ofuscaram tua visão
E de tanto andar entre mortais
Não me sentes mais contigo
Dizes que a abandonei
E eu choro por não me veres ainda aqui
Em teu sonho apareço hoje pra dizer-te
Que jamais te deixei
E peço, que me deixes renascer dentro de ti
Finda sua busca, me olhes com sua alma
Veja que sempre estive ao seu lado
Que ainda sou seu anjo e você minha menina

Te vejo chorando
E não posso suportar a culpa
De estar ao seu lado e não poder te tocar
Te vejo sofrer, e sofro contigo
Mas você não me vê, não me sente
Sinto sua dor, quero enxugar suas lagrimas
Mas nossos mundos não são os mesmos
Você não me sente
E eu te vejo, me arrependo
Talvez tarde de mais
Não posso te trazer pra mim
Nem te ter em meus braços
Maldito o dia que me deixei levar pela dor
Maldito seja eu, que não soube esperar
Sei que não tornaras a me ver
E onde estou você não pode chegar
Sei que pensas que te deixei
Mas eu nunca vou te abandonar
Hoje sei que ias voltar
E eu fraco não esperei por ti
Hoje tu vives a sofrer e eu...

Maldito a faca que meu pulso cortou.
No silencio da noite
Que invade minha alma
Sinto a falta do meu anjo
De suas mãos que me afanam
É como se faltasse dentro de mim
Um pedaço do meu eu
E esses sons que a noite traz
Só fazem aumentar meu desespero
E meu anjo que não chega...
E essa dor que só aumenta...
Sinto que ele não virá
Sinto que não tornarei a vê-lo


ELA
Havia mistério por traz de
Seus cabelos longos e negros.
Soltos ao vento eles
Brincavam com sua face,
Que cheia de medo e tristeza
Era iluminada pela lua.
A garoa fina se misturava as lagrimas
E desciam por seu corpo
Cortando-o como faca afiada.
A dor que sentia
Transparecia em seu olhar.
Era uma enorme agonia,
Um sentimento de culpa,
Que atormentava em seus sonhos.
Tentando se libertar
Seguiu seu caminho
Em meio à escuridão ela se foi
Sumiu por entre as sombras
E nunca mais foi vista.
Talvez tenha encontrado alivio
Ou talvez o suicídio.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008


Com as mãos cheias de sangue
Sentindo apertar seu coração
Acordou em meio à escuridão
E viu-se desolada,
Diante de um corpo sem vida.
Por todos os lados,
Marcas de sofrimento.
As paredes manchadas.
Os cacos pelo chão,
Que não refletem mais sua imagem.
A solidão de um corpo vazio,
Que suas mãos não podem mais tocar.
O vento que seu rosto não pode mais sentir
Bate agora nas cortinas
Rasgadas por suas mãos ensangüentadas.
Em frente à cena de sua morte
Sua alma chora,
Desesperada e sem ação.
Presa em um mundo
Do qual não faz mais parte.
Ao cair da noite
Liberta-se a fera de dentro de si
Ele já não é capaz segura-la,
Por que faminta ela toma conta de seu ser
Tornando-os um só
Dominando seu corpo
Com um desejo incontrolável
Por entre as sombras ele foge
Corre desesperado pela noite
Buscando o alimento da sua alma
O saciar de sua sede
E o animal dentro de sua alma
Agora é sua única companhia
O homem amaldiçoado
Fundiu-se ao próprio medo
E já não há quem os possa separar.