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terça-feira, 7 de outubro de 2008

A alma deixa um corpo, e...
Inicia-se um ritual.
A preparação de um corpo.
A aceitação de uma morte.
Após o último suspiro.
Um corpo lavado em sinal de purificação,
De uma vida de pecados.
Em seu mais novo leito, um corpo deitado.
Descanso?Quem sabe?
Talvez um novo começo...
Uma nova tormenta!
Para aquecer um corpo gélido,
Um cobertor de flores.
Vidas que celebram uma morte.
Silêncio.
À vela que se queima.
A musica que ecoa fúnebre.
A noite que passa.
Já se pode ouvir os passos
Daqueles que vem o corpo buscar.
Num ritual ensaiado.
Olhos perdidos em meio às lágrimas.
Lentamente fecha-se o caixão.
Nos olhares atentos,
Percebesse a tristeza.
Um corpo acaba de se despedir
Da luz que jamais tornara a ver.
Uma procissão atravessa a cidade
Silêncio, lágrimas e lembranças.
E por fim...
A terra!
Seu novo lar...
O lar que a morte reservou para todos.
A solidão!
O nada!