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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Sinto algo estranho dentro de mim.
Uma angustia. Um nó na garganta,
Como se um veneno mortal
Acabasse de passar por ela. Sinto ânsias.
Sinto em minhas veias correr um veneno
Se misturando ao meu sangue e
Aniquilando minha vida.
Sinto o gosto amargo na minha boca,
E meus olhos embaçados, uma dormência no corpo e...
Uma dor forte que me sufoca até a morte.
...
Alguns segundos se passaram e
Já não sinto mais a dor.
Já não sinto mais nada...


Vejo tudo passar perante meus olhos.
Vejo o tempo correr, sem ter aonde chegar.
Vejo a vida passar sem sair do lugar.
Vejo dias que vem e que vão.
Vejo vidas que lutam por pão.
Vejo gente morrer, vejo gente nascer.
Vejo a sorte de alguns, o azar dos outros.
Vejo amores, vejo guerras e dores.
Vejo a alegria de quem não tem bens,
Vejo tristeza nos olhos de quem os tem.
Vejo no nascer do sol um novo dia,
E no decorrer dele a mesmice da vida.
Vejo que o ser humano sempre quer mais.
Vejo na vontade de viver o desperdiço da vida
E tudo que vejo são reflexos da minha alma vazia.

Sonhos...
Que são essas imagens?
Será que são...Vontades?
Serão cenas da nossa memória...
Lembranças, talvez?
Será que são...Desejos?
Sentimentos que queremos tornar reais?
Realmente, não sei o que são os sonhos.
Sei somente que eles invadem nossas almas,
Tornando-as felizes
Nos afastando da realidade.
E quando acordamos...
Eles não são nada.
São simplesmente sonhos.