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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Um beijo, um lugar...Um túmulo profanado.
Pelo cemitério em brumas, ele partia.
Ela vestida de amor, mistério e pecado,
Invadia o sonho daquele que dormia.
Ele, alma nostálgica, sabor do passado,
E que orvalhava triste sobre a campa fria
Não esperava o fantasma ressuscitado
Amar-lhe nas trevas em doce melancolia
Quando seu sangue ardente percorreu-lhe o peito
Junto às sombras nupciais naquele leito,
Uma epopéia tenebrosa ali fluía
E ao fim desse maneirismo que a luz encerra,
Ela retornava ao seu leito sob a terra,
Ele de afãs crepusculares só morria...
EJCF